"Qual o sentido pra tudo que se sofre,
sente
paralise-se
observe o mundo a sua volta e tente entender o movimento das coisas
tudo possui sua individualidade
seu microcosmo
seu universo
a ternura de existir é poder compreender.
O grande tormento de existir é não querer.
Deixar ser, ainda que com.
Utopia que fora perdida nos tantos copos que vislumbrei o fundo. "
....
Somente um viajante caído
besuntado em sua bebida
seu álcool;
trovejando idéias
aos montes “verbomontadas”.
Caminhou até o porto mais longínquo
sentou-se diante do mar
nada sentia até, e'ntão,
chorou;
soluços lhe pulavam pela falta de sua bebida de preferência
ainda sim preencheu-se as narinas com o salgado sopro do mar,
perdeu-se na imensidão de um abraço ao vento...”
sentiu-se ao mundo agarrado quando caiu ao chão.
Permitia-se na insuficiência de sua martelança.
Tomar volumosos goles desse mundo que o cercava e,
inebriado com as estapafúrdias tolices que lhe brotavam,
não mais comia;
inchou-se de devaneios,
uma vida que não lhe ouve.
Novamente aos pés do mar gritou,
esbravejou e amaldiçoou,
areia, céu e água...
Por mais alguns momentos ali ficou,
miseravelmente calado,
afundando na “molecência” da areia de seus “mil-olhos”;
Recordou-se que fora Dr., Mm., e uma série de outras abreviações,
dignas agora de seu escárnio em voluptuosas goladas e golfadas,
as palavras novamente lhe saíam.
Suas roupas já possuíam algas de tanto que ao mar contava e descarregava-se,
e numa brevidade,
num tempestuoso dia que se aproximava; vindo com ventos “ufantes” do sul,
raios caíram:
seus olhos brilharam,
toda a cor já não poderia lhe prestar mais
arrumara uma âncora
estava “ao-fundo-dar-se”,
pra um talvez porto seguro
soltando as poucas bolhas que lhe restavam
como símbolos de um qualquer passado que já desprezava.
Desceu, desceu e desceu,
até que onde não mais luz podia chegar
Fechou os olhos e dormiu tranqüilo e são!
4 comentários:
muito bem Dr. Marcio,
mto bom como de costume!
Zerou.
Microcosmo infinito.
Há muito mergulhado na semi-vida de trabalho e faculdade, com tanta autonomia quanto os robôs de Asimov. Os dias são cheios de sombra. Mas suas palabras sempre me inspira, amigo. Meus pensamentos equilibram-se entre enxergar a realidade como um pessimista e a vontade de viver de um sonhador. Continue em pensamentos a fluir, Freak. Em breve vo voltar a lubrificar socialmente os sonhos.
Abraço!
See you space cowboy!
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