segunda-feira, fevereiro 28, 2011

LE FIN


Já não sei o que é melhor,
já sofri demais com essas dores qeu não são minhas...
meu afago, meu dizer, minhas lástimas
e tudo o que me vem a cabeça é o desejo de mais um gole,
mais uma gota do meu sangue pinga no chão desajustado desse cubículo.
Os cheiros se misturam com a fumaça dos cigarros que findam no cinzeiro,
não há perspectiva, todo o futuro que se promete é um fim em potencial do agora,
você é a bala, a arma e o gatilho com o dedo;
talvez até os miolos qeu vão voar sejam os teus.
Ao longo de toda essa via sacra a imagem bêbada de um não redento,
pecador e ilusoriamente salvo por si mesmo,
apegado no seu ceticismo,
deflorando as horas em cada martírio percebido,
visceralmente alimentado pelos odores,
personagem autor desse que não poderia ser um trágico melhor final pra toda eustória de destrutivamor...

Um comentário:

Luh. disse...

E seguiremos morrendo a cada dia.