domingo, agosto 13, 2006

Filme... se vc curte... assita!!

Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos expõe contrastes do século XX

O projeto de Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos, de Marcelo Masagão, nasceu de uma bolsa estudos da Fundação McArthur, que investia na concepção de um CD-Rom sobre o século XX. Criador do Festival do Minuto, que não vai acontecer este ano por falta de patrocínio, Masagão mergulhou durante três anos em pesquisas e transformou o projeto em seu primeiro longa, um filme ensaístico (ou "filme-memória")difícil de ser enquadrado em um gênero.
Nós que Aqui Estamos... estamos custou apenas R$ 140 mil, e foi o grande vencedor do Festival de Recife com os prêmios de melhor filme, roteiro e montagem, além de ganhar a competição internacional do festival de documentários É Tudo Verdade.

Sob a trilha sonora primorosa de Wim Mertens, a dualidade criação-destruição e a banalização da morte no decorrer do século mais violento da história percorrem um mosaico de centenas de imagens de arquivo extraídas de reportagens de TV, fotos antigas, filmes como Powaaqatsi, de Geoffrey Reggio, e clássicos do cinema, como Um Cão Andaluz, de Buñuel e Dalí, A General, com Buster Keaton, e Viagem à Lua, de Georges Meliès. O instinto de destruição que fascinou Freud é o fio condutor de uma montagem que funde imagens a palavras, fatos históricos a uma ficção deslavada, que inventa nomes e vivências para os indivíduos sem nome que também fizeram a história.
Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos conduz o olhar pelos contrastes do século, pelos artistas, pensadores e indivíduos anônimos que construíram sua riqueza, e pelos personagens sombrios que reproduziram sua miséria. Assim, os mentores das maiores atrocidades, como Hitler, Mussolini, Pol Pot, Pinochet, Mao, Stalin, Médici, se opõem a Ghandi, Picasso, Freud, Lennon, Nijinski, Josephine Baker, Garrincha e Fred Astaire, em uma dança em que Eros e Tanatos, as pulsões de vida e morte, caminham para uma apoteose incerta e um tanto aterradora. As únicas cenas captadas pelo diretor são realizadas em um cemitério, cuja inscrição do pórtico dá nome ao filme e encerra sua essência: a mortalidade como condição esquecida nos desvãos da história.(Cássia Borsero)
fonte: http://www.terra.com.br/cinema/drama/nosaqui.htm

Um comentário:

Anônimo disse...

Spike, cara, tô gostando disso. Ontem fiz meu namorado ler comigo o seu espaço, gde espaço e culto espaço. Vou seguir suas dicas e continuar te lendo. Qro ler o que você escreve sobre sonhos, sobre o amor, esses assuntos que podem até parecer massantes, no entando são esses assuntos que movem a vida da gente. Concorda? Quer abrir um debate? Vou apressar o retorno do meu blog para que possamos trocar mais idéias sobre esses assuntos.
Me responda, se possível, assim poderemos ter contato.
bjus